O filme é uma adaptação da autobiografia de Quentin Crisp, um verdadeiro ícone gay da Inglaterra no século vinte, um homem que enfrentou com extraordinaria coragem o preconceito e as perseguições ao longo de décadas, sempre com inteligência e senso de humor. O filme é estrelado por John Hurt. Crisp era um pária mesmo entre os gays. Era efeminado, afeminado e não fazia questão alguma de esconder isso. Pelo contrário, dizia que essa era a sua "contribuição para a causa", décadas antes de se falar de "visibilidade gay". Foi um homem muito a frente de seu tempo, que jamais abdicou de seu direito de ser e de existir, ainda que tenha sofrido por conta disso. Ele foi um transgressor, no melhor sentido da palavra, e isso numa época em que a homossexualidade ainda dava cadeia na Inglaterra.